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O que é câncer de mama?

O câncer de mama é uma doença causada pela proliferação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Ele pode acometer homens, entretanto, isso é raro, totalizando menos de 1% de casos da doença.

Segundo o INCA a Estimativa de novos casos para 2020 é de 66.280 pessoas e o número de mortes: 17.763.

 

Quais sintomas do câncer de mama?

  • Nódulo (caroço), fixo, endurecido e geralmente indolor
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
  • Alterações no bico do peito (mamilo): inversão, descamação ou ulceração
  • Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
  • Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos

Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.

 

O que causa o câncer de mama?

O câncer de mama não tem somente uma causa. O mais importante fator de risco para o câncer de mama é a IDADE. Aproximadamente 80% dos casos ocorrem após os 50 anos.

Os principais fatores de risco são:

Fatores ambientais e comportamentais:  Obesidade e sobrepeso após a menopausa; Sedentarismo e inatividade física; Consumo de bebida alcoólica; Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X); Exposição a determinadas substâncias e ambientes, como agrotóxicos, benzeno, campos eletromagnéticos de baixa frequência, campos magnéticos, compostos orgânicos voláteis,  hormônios e dioxinas. Por essas exposições os profissionais que apresentam risco aumentado de desenvolvimento de câncer de mama são os cabeleireiros, operadores de rádio e telefone, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, comissários de bordo, trabalhadores noturnos

Fatores da história reprodutiva e hormonal: Primeira menstruação antes de 12 anos; Não ter tido filhos; Primeira gravidez após os 30 anos; Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos; Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona); Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.

Fatores genéticos e hereditários ( 5% a 10% do total de casos da doença): História familiar de câncer de ovário; Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;  História familiar de câncer de mama em homens; Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

 

Como prevenir o câncer de mama?

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

 

Como é feito o diagnóstico para o câncer de mama?

Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia.

 

Quando realizar a Mamografia para rastreio do Câncer de mama?

Atualmente, a recomendação do INCA e do Ministério da saúde brasileiros é que a mamografia seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.

Essa é também a rotina adotada na maior parte dos países que implantaram o rastreamento do câncer de mama e tiveram impacto na redução da mortalidade por essa doença.

Entretanto essa recomendação pode ser diferente de acordo com os fatores de risco que a pessoa apresenta. Por isso, é importante consultar com um médico para que a melhor decisão seja tomada.

Os benefícios da mamografia de rastreamento incluem a possibilidade de encontrar o câncer no início e ter um tratamento menos agressivo, assim como menor chance de morrer da doença, em função do tratamento oportuno.

 

Existem riscos em se realizar a mamografia para rastreamento do Câncer de mama?

Sim. A mamografia não possui 100% de acurácia, ou seja, os resultados de exames podem ser incorretos.  Algumas mulheres que não possuem o câncer da mama terão o resultado de exame sugestivo e câncer. Isso pode gerar ansiedade, stress e exposição a investigações desnecessárias.  Também algumas mulheres que têm o câncer, não terão a detecção por esse método.

 

Panorama do câncer de mama na da pandemia

Com pandemia do COVID-19 o acesso a exames diagnósticos do câncer de mama ficou mais difícil. No comparativo entre o primeiro semestre de 2019 e o de 2020 houve de 40% do número de pacientes no Hospital Erasto Gaertner (HEG), referência no tratamento do câncer em Curitiba. A quantidade de novos casos diagnosticados, cirurgias e exames realizados também diminuíram (BREMBATTI, 2020).

Um estudo publicado no The Lancet apontou que não há risco aumentado de morte pelo COVID-19 nos  pacientes em tratamento oncológico. Dessa forma o rastreio e tratamento do câncer não devem ser contraindicados para não atrasar o diagnóstico da doença, mas devem ser realizados com medidas de segurança adequadas. A Sociedade Brasileira de Mastologia elaborou um documento com orientações para médicos e hospitais, com o objetivo de retomar os atendimentos a esses pacientes com a devida segurança (FRASSON, 2020).

 

Fonte:

Ministério da Saúde do Brasil. Disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/cancer-de-mama

INCA. A situação do câncer de mama no Brasil: Síntese de dados dos sistemas de informação. 1. ed. Rio de Janeiro [RJ]: INCA, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer

FRASSON, ANTÔNIO LUIZ. Covid-19: o tratamento do câncer em tempos de pandemia – SBM. SBM. Disponível em: <https://www.sbmastologia.com.br/noticias/covid-19-o-tratamento-do-cancer-em-tempos-de-pandemia/>. Acesso em: 24  ago.  2020.

BREMBATTI, KATIA. É grave: paranaenses deixaram de receber diagnóstico de câncer durante a pandemia. Gazeta do Povo. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/parana/diagnostico-tardio-cancer-parana-pandemia/>. Acesso em: 24  ago.  2020.

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